.:: Relendo os clássicos brasileiros: os enfrentamentos no tempo e permanências

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Um feliz Natal e um 2004 repleto de realizações e partilha. Com carinho, Mara
19.12.03
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Colegas:

A Carmen ligou avisando que tudo correu bem e que ela já está em casa!






16.12.03
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Pessoal:

As vezes recebemos por emails textos que nos dão vontade, de no mínimo, gritar. Como gritar não adiantaria, o melhor mesmo é dar uma boa resposta.

É impressionante como os parteners do sistema acham formas de tentar nos convencer de que a causa de tudo o que vemos e vivemos em nosso país, aí está porque não trabalhamos o suficiente, porque não somos sérios etc, etc, etc. Só falta voltar ao discurso da indolência devido ao clima tropical.

Vejam o que a Su recebeu e a bela resposta que deu.





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Para refletir Paulo Freire....

DO MEDO À OUSADIA OU MEDO E OUSADIA?

Do medo à ousadia, nascida da possilidade da superação, que é feita de esperança, se concretiza na ação colaborativa de muitos, na busca de um mundo novo - de todos e para todos.
O medo que nos imobiliza, nos faz sucumbir no fatalismo da impossibilidade, é movido pela desesperança, na ausência de sonhos, na ausência de um projeto possível...
PÉS NO CHÃO, CABEÇA NAS ESTRELAS....
Pés no chão, pela aleitura crítica da realidade, transformada em consciência da dominação, que leva à clareza necessária do medo, que nos encoraja a ver as possibilidades de olhar as estrelas, que leva à clareza necessária da utopia.
Nesta contradição, nasce a ousadia que nos faz agir,
Segundo Paulo Freire, a esperança, só, não ganha a luta. precisamos da esperança crítica, como o peixe necessita da á despoluída. ela precisa ancorar-se na prática, que, necessariamente, deve ser dialógica.

Tere





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- ESCOLA ESTADUAL TÉCNICA SÃO JOÃO BATISTA -
- MONTENEGRO -
PAULO FREIRE INSPIRA E FUNDAMENTA O PROJETO CURRICULAR 2004

Paulo Freire afirma que a Educação, numa concepção libertadora,, é um Ato Transformador, senão, não será educação, será adestramento.E James Agrey sistematiza, dizendo que a transformação ocorre em três momentos:
1º Conscientização;2º Organização;3º Prática

Nossa própria práxis nos ajuda a compreender que a Escola tem, num sentido amplo, dois caminhos. Ingenuamente ou intencionalmente, pode estabelecer um projeto administrativo (que não é neutro, por isso, também político), que a organiza para uma eficiente ação, para manter o status quo, pela transmissão do currículo oficial, a favor da hegemonia, portanto, um projeto de adestramento. Ou, corajosamente, posiciona-se criticamente frente à realidade e estabelece um projeto político que organiza um processo científico de transformação da realidade. Como reflete Paulo Freire, esta ação, necessariamente, corajosa, crítica, rigorosa, criativa, solidária, etc., não é suficiente para mudar o mundo, mas estará dando algumas boas contribuições, estará construindo consciências cidadãs e, também, conforme ele próprio propõe, ao transcender o espaço escolar, estará participando dos movimentos de transformação social.
Para a ousadia de um Projeto Educacional Libertador, a Comunidade Escolar precisa unir-se, participativamente, ler nos livros dos textos (fundamentos teóricos) e ler no contexto sem os livros (desvelamento da realidade), para na consciência da opressão, encontrar o seu espaço, a coerência e a abrangência possível para a sua ação transformadora.
Para o ano 2004, optamos pelo currículo que nasce da pergunta, se desenvolve pelo diálogo.
O diálogo pertence à natureza do ser humano, enquanto ser de comunicação. O diálogo sela o ato de aprender, que nunca é individual, embora tenha uma dimensão individual. Mediante o rigor na busca de resposta, através de um método crítico de aprender, uma forma de comunicação que provoca o outro a participar, ou buscar o outro numa busca ativa.
Através do diálogo, refletindo juntos sobre o que sabemos e não sabemos, podemos, a seguir, atuar criticamente para a transformação da realidade.
Nosso ponto de partida foi levantar, individualmente e por escrito, as questões, os interesses, os assuntos, os debates e reflexões que os alunos propõem ser desenvolvidos durante o ano de 2004.
Acreditamos que esse ensino, que nasce da pesquisa, educa o professor a projetar um currículo intrinsecamente motivador e contextualizado.
A partir deste projeto, pretende-se que alunos e professores exerçam o poder de produzir conhecimento em classe. Lendo e estudando não só através dos livros e das palavras, mas lendo e reescrevendo a própria realidade, pensando sobre as questões, escrevendo sobre elas, discutindo seriamente a realidade, enquanto constroem a consciência cidadã.
Na medida em que instrumentalizados, abriremos as portas da escola e, lá na comunidade, nos posicionaremos como escola cidadã que denuncia, anuncia, ajuda, participando de ações e programas que libertam os oprimidos, estaremos contribuindo da transformação social.
Devemos conhecer nossos limites e as possibilidades, e construir um projeto possível.
Inicialmente, devemos saber que grande parte dos estudantes, com expectativas tradicionais, está preocupada consigo mesma, nesta cultura capitalista, que é individualista, não quer perder tempo com projetos sociais. Há quem possa estar preocupado com a quantia de conhecimento que precisa entregar para o vestibular. Se a eficiência precisa ser medida por gramas ou centímetros, a escola estará fadada ao fracasso. É impossível medir o conhecimento com régua ou balança. O programa oficial não tem falado a linguagem do aluno, nem desenvolvido seu desejo crítico, nem se relacionado com temas profundamente enraizados em suas vidas.
Uma educação libertadora se dá num clima democrático, jamais laissaz - faire; deve ocorrer num clima de muito estudo, pesquisa, organização e disciplina, por isso, rigorosamente dirigido à luz do Projeto Curricular estabelecido e da necessária autoridade do professor.
O diálogo não existe num vácuo político. Não é um espaço livre onde se possa fazer o que se quiser. Ao iniciar o diálogo, o professor sabe sobre o objeto e onde quer chegar com ele (planejamento). A liberdade precisa de autoridade para tornar-se livre. Sem autoridade caímos na licenciosidade e sem liberdade, no autoritarismo.
Na sala de aula, professor e aluno não são iguais. A autoridade do professor deve estar sempre lá. O professor é diferente não só pela sua formação, mas também porque lidera um projeto de transformação que não ocorreria por si só, sem a sua firmeza.
A educação dialógica parte da compreensão das expectativas do aluno, baseia-se na possibilidade de se começar a partir do concreto, do senso comum, para chegar a uma compreensão rigorosa (científica) da realidade. O rigor científico vem de um esforço para superar uma compreensão ingênua do mundo. A ciência sobrepõe o pensamento crítico àquilo que observamos na realidade, a partir do senso comum.
Segundo Freire (1997, p 133), "os alunos se tornam pesquisadores ativos antes de ouvir uma preleção sobre a realidade. O ensino contextualizado se opõe aos métodos passivos e silenciadores de transferência de conhecimento."
E segue (IBIDEM, p. 135): "O desenvolvimento crítico dos alunos é fundamental para transformação radical da sociedade." A consciência e a organização podem construir-se a partir da escola, a revolução transcende seu espaço, necessariamente acontece no seio da sociedade.
Para concluir, resgatamos a poesia política de Paulo Freire, no final do livro Medo e Ousadia:
[...] Ser um profeta significa estar firmemente no presente, ter os pés firmemente plantados na terra, de tal modo que antever o futuro se torne uma coisa normal. A imaginação, neste nível, está lado a lado com os sonhos. [...] Isto é o utopismo, como relação dialética entre denunciar o presente e anunciar o futuro. Antecipar o amanhã pelo sonho de hoje. (p. 220)
Nós, educadores, temos que ser profetas!
Tere






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Mara e Su
Gurias consegui facilmente acessar aos clássicos, foi só responder ao convite, obrigado.





10.12.03
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O desafio de uma sistematização coletiva


O artigo traz a reflexão sobre o produzir coletivamente. Escrever é uma ação difícil e solitária para a maioria das pessoas, é preciso se sentir desafiado para haver um movimento em direção a esxcrita. Uma prática só vai estar valorizada e reconhecida se for transformada em teoria , que apoiada em um escrito científico, se constituirá em uma nova teoria.
O exercício de sistematizaçãopara uma produção teórica em grupo, nos mostra o quanto é importante se buscar uma metodologia para desenvolver o trabalho.
O produto teórico do grupo foi construído com base nas experiências, saberes e as histórias vivenciadas se seus componentes. O resultado final, paracia estar sempreem aberto para ser reescrito, nem sempre pelos componentes do grupo de escrita, mas também pelo leitor, possibilitando uma inteiração do leitor com o texto.
Artemis





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Pessoal:

É madrugada e eu e a Su estamos aqui conversando via ICQ ( nesta hora custa só um pulso!!!!). Ela acaba de me passar o endereço de um rádio blog. Parece loucura? Pois não é. Acho que vale vocês darem um pulo até lá e conferir. Digam depois, o que acharam (cliquem no destaque que a página irá abrir).





9.12.03
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Olá Colegas!

Acabamos de inserir, no Relendo os Clássicos, o recurso de comentários. Isso significa que além da possibilidade de qualquer pessoa que acesse o blog ler o que postamos, a partir de agora podem também comentar nossos posts.

Clicando nos comentários uma janela será aberta. Ali vocês tanto podem comentar o post do colega, onde abriram o comentário, como ler os comentários que outros tenham feito e até responder.

Bem, aproveitem, bloguem, socializem o conhecimento, as dúvidas, as informações. Com certeza, essa partilha é parte vital de uma formação mais humana.

Um abraço, Mara





2.12.03
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Caros Colegas, no dia 25/11, rapidamente li a Proposta de Diretrizes Curriculares para o Curso de Pedagogia, desafio da professora Carmem Machado.
O que pude entender é que o Curso de Pedagogia, passa atualmente por uma mudança curricular. Há que se dizer que a proposta elaborada pela MEC não satisfaz a todas as Instituições/Universidades, responsáveis pela formação de professores em nível superior.
O FORUMDIR participa desta discussão, propondo alternativas, principalmente no que diz respeito a uma formação para o pedagogo de forma mais integral. Quer-se um pedagogo mais aberto, crítico, capaz de pensar e propor alternativas no processo educativo, tendo presente que além de estar capacidado para a docência e gestão educacional, o desafio que se coloca é que este deverá também estar preparado para constantemente olhar a realidade, ouví-la, pensá-la e sistematizá-la, ou seja, um pedagogo precisa ser também um pesquisador como dizia Florestan Fernandes. Pesquisar para conhecer melhor e transformar a realidade onde vive.
Isabela Camini





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Encontro de 26/11/03
Assunto: MST - uma escola para mudança.
Idéias: as pessoas deverão estar preparadas para as mudanças e isso inclui o pedagogo;
pessoas que trabalharem nos acampamentos do MST deverão estar bem preparadas, capacitadas para trabalhar questões complexas como: conhecimento da realidade; objetivos dos acampados; sensibilidade em questões humanitárias; competência para planejar cooperativa e coletivamente;
Vivenciar, observar é importante - dá uma idéia da dimensão dos trabalhos coletivos bem organizados;
É conveniente informar-se sobre pesquisa para iniciantes: o passo a passo que são, quando bem escolhidos mais do que receitas prontas, e poderão nortear a pesquisa e levar a uma terminação significativa;
A escola que atuar junto ao MST- no mínimo terá que ser 'uma fonte de socialização', um despertar para a reflexão do contexto em que os atuantes estão inseridos, uma possibilidade real de transformação da/para a vida, os conteúdos terão sua importância mas não serão alienados, espúrios e exdrúxulos;
Os implementadores do MST - têm visível base teórica em Florestan Fernandes, Paulo Freire e tantos outros autores que pensaram um mundo mais justo. Carmen Castro da História.





1.12.03
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Sobre o material trazido pela Isabela...

O MST e a Pesquisa
Cadernos do ITERRA - ano I, n.3, out.2001.


O caderno em questão - O MST e a pesquisa - apresenta uma reflexão sobre a pesquisa "do e no" Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra. Trazendo passos importantes para elaboração de um projeto de pesquisa, não pretende ser uma receita, mas sim uma referência para quem está iniciando na caminhada, elaborando um projeto de investigação. Dessa forma, este caderno trabalha com todos os momentos que permeiam a pesquisa, desde como fazer um projeto de pesquisa (passo a passo e tropeções), o roteiro do projeto, leituras e pesquisas bibliográficas, pesquisa de campo (métodos, instrumentos e procedimentos) até a elaboração da monografia propriamente dita, incluindo as normas técnicas de apresentação dos trabalhos (referências bibliográficas, citações, notas e formatação), e bancas de defesa pública - visando a apresentação dos trabalhos ao Instituto de Educação Josué de Castro.


Carmem Lisiane e Adriana





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TAREFA:

Ao ler Medo e ousadia me chama a atenção o medo que imobiliza e a ousadia que me/nos move para novas buscas. O que chama a tua atenção?

Entre o Freire teórico que tem sustentação em mais de uma vertente teórica, qual identificas como sua inspiração, neste livro?

O que pode ser o "método dialógico"?